Jô Soares fez questão de trabalhar após morte do único filho: discurso emociona até hoje

por | ago 5, 2022 | Entretenimento

Fruto do casamento do apresentador com a atriz Teresa Austregésilo, Rafael Soares foi o único filho de Jô Soares e morreu em 2014, aos 50 anos, vítima de um câncer no cérebro.

Autista, o herdeiro do apresentador foi o responsável por ensinar muito ao pai, sendo o principal motivo para que o humorista saísse de casa, dias depois da morte de seu filho, para trabalhar. Entenda!

Jô Soares encontrou força nos aprendizados de seu filho

Muito discreto quanto a sua vida pessoal, Jô Soares emocionou o público em 2014, ao dedicar um de seus programas para seu único filho, Rafael Soares, que morreu em razão de um câncer no cérebro.

Diagnosticado com a doença um ano antes, o herdeiro do apresentador, que já estava com 50 anos, foi o responsável por compartilhar muitos ensinamentos de vida com seu pai.

Jô Soares
Globo/Zé Paulo Cardeal

Rafael morreu em uma sexta-feira, o que fez com que Jô Soares tirasse força do seu sofrimento para seguir em frente. Na segunda-feira seguinte, o apresentador ainda assim foi trabalhar.

“A nossa abertura hoje vai ser um pouco diferente, porque, na última sexta-feira, 31, eu sofri o pesadelo de todo pai, a inversão da ordem natural das coisas, a perda de um filho. Meu filho Rafael esteve no mundo durante 50 anos e foi uma criança especial. Como era autista, permaneceu menino até o fim”, comentou Jô Soares no “Programa do Jô”.

O apresentador também lembrou a paixão de Rafinha, como era conhecido, pelo rádio. Ele não deixava o trabalho – e a própria emissora de rádio que tinha em casa – por nada, e trabalhava até mesmo no dia de seu aniversário. A devoção de Rafinha pelo trabalho foi uma das motivações para que Jô seguisse em frente.

Depois de dedicar um programa inteiro ao filho, o apresentador explicou como foi capaz de estar ali diante de um dos momentos mais tristes de sua vida e relembrou uma passagem dos dois em uma livraria, destacando a sensibilidade de Rafinha.

“Uma vez, em uma livraria, ele chegou junto ao caixa carregando uma dúzia de livros. Eu estranhei e falei que era muito e pedi para que ele escolhesse seis. Ele falou que não queria nenhum e eu pensei que era malcriação”, começou o artista.

“Ele disse que preferia não escolher, porque escolher é perder sempre (…) Hoje eu também não preciso escolher. Como ele nunca faltou ao seu trabalho, também não posso faltar no meu”, finalizou, muito emocionado.

Despedida de Jô Soares