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“Pantanal” vai denunciar questões ambientais ao voltar para as telinhas depois de 32 anos da versão original. De lá para cá, a região sofreu muito, tendo parte de sua vegetação afetada, o que não passou despercebido pelo elenco. Por isso, no remake, os atores garantiram, durante coletiva para a imprensa, que vão usar a obra para alertar a população.
Questões ambientais serão abordadas em remake de “Pantanal’
A fauna do Pantanal, região onde foi gravada boa parte da nova novela da Globo, sempre foi considerada a mais rica em todo continente americano, de acordo com informações da ONU. Nos últimos anos, porém, ela vem sendo destruída.
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“A novela foi feita lá, foi concebida lá, Pantanal faz parte. Você chegando ali com respeito, entendendo o tamanho daquele lugar, vai para o Pantanal e se sente para outro planeta, é uma energia muito forte. Se não andar junto com a natureza, você vai ser expulso dali”, afirmou o autor Bruno Luperi.
O autor afirma que se compararmos o remake com a obra original, as mudanças na região ficam nítidas, potencializadas também pela seca.
quote:”A gente vai ver pelas imagens, quando falo do tempo, esses 30 anos que passaram são muito intensos na mudança. Na primeira versão, o Jaime gravava água, poeira, hoje a gente gravou pouca poeira e viu pouca água, por conta do bioma, como um todo, estar sofrendo uma seca grande”.
Com o aumento da industrialização, o Pantanal viu muitas espécies chegarem perto da extinção, além dos rios começarem a dar sinais de poluição, causada pelos garimpeiros. Hoje, a vegetação já não é mais a mesma. “A gente vai ver o cenário mudando. A gente está na mesma fazenda, onde foi gravada a primeira versão, a paisagem é muito próxima, mas o efeito do tempo vai ser visto a olhos nus”.
quote:”Trinta anos depois, a relação do homem com natureza ficou mais sensível e intensa, Pantanal está gritando cada vez mais alto. Acho que a grande importância é repetir esse alerta. 30 anos atrás tem paisagem que não existe mais, agente conseguiu colocar isso parte da novela: a forma como Pantanal responde à ganância do homem”.
Marcos Palmeira, intérprete do José Leôncio na segunda fase, afirma que as denúncias ambientais são um “plus da novela” e até seu personagem vai demonstrar uma preocupação com o momento atual. “Você redescobrir o Pantanal, uns anos depois, é um portal para observar essas questões. A questão ambiental está muito presente. O Pantanal ali fala por si só”.
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“Endosso completamente essa necessidade de preservação ao mais alto grau, estamos no vermelho quando se trata de meio ambiente. O Pantanal sofre como nunca, tem sofrido a maior seca recente, esse ano não tivemos uma cheia no Pantanal, o que traz uma preocupação enorme para o bioma”, concordou Gabriel Sater, intérprete do Trindade.
quote:”A água é a alma do Pantanal, você ver totalmente seco, traz uma apreensão maior”.
Para Dira Paes, a Filó na fase madura, o nome da novela fala por si só. “É um dos biomas brasileiros mais importantes e únicos dentro do universo terrestre. Falando desse bioma, a gente está falando de todos os nossos. Eu acho fundamental essa reflexão. É preciso inteligências serem dedicadas a esse problema ambiental. Essa questão vai estar presente na novela”.