Nova aposta da Netflix, “The Politician” estreia com grande expectativa. Primeira série de Ryan Murphy no streaming, a produção traz uma roupagem adolescente para um tema difícil: política.
A história é centrada em Payton Hobart (Ben Platt), um garoto rico de Santa Barbara que nasceu com a certeza de que será presidente dos Estados Unidos.
Dono de uma ambição incansável, ele fará de tudo para vencer seu primeiro desafio: a eleição para presidente do conselho do colégio onde estuda, o Saint Sebastian High School.
Payton enfrentará adversários tão ávidos quanto ele, em meio a traições inesperadas e problemas inesgotáveis.
Com a segunda temporada garantida, a primeira parte de “The Politician” conta com 8 episódios, que chegam ao catálogo do streaming nesta sexta-feira (27), com muito sarcasmo e sujeira típica de políticos.
VIX assistiu aos 8 episódios e lista 4 razões para dar uma chance à série, e uma para não (sem spoilers). Confira abaixo!
Crítica de “The Politician” na Netflix
Política acessível
No momento em que vivemos em um mundo polarizado politicamente – seja nos Estados Unidos ou no Brasil -, a série é corajosa ao abordar um tema por vezes distante dos jovens.
Ryan Murphy e seus parceiros, Brad Falchuk e Ian Brennan, encontraram um jeito de aproximar o assunto de maneira atraente sem ser “House of Cards”, com os elementos que fazem sucesso em uma série tipicamente teen.
Não falta sarcasmo em “The Politician”, mostrando todos os bastidores sujos e as armadilhas de quem comanda uma campanha para ganhar. Não é à toa que o slogan da série é “Prometemos te prometer tudo”.
Por vezes, no entanto, a narrativa cansa um pouco o telespectador, que se sente bem representado pelo episódio 5.
Discussão sobre saúde mental
A série também aborda outras temáticas urgentes, como a prevenção ao suicídio e o sentimento de não-pertencimento que afeta muitos jovens, especialmente na era das redes sociais, em que todos devem ser perfeitos e autênticos.
A história de personagens como River (David Corenswet) provoca discussões sobre saúde mental e a importância de discuti-la, principalmente entre os jovens.
Representatividade
“The Politician” também aborda com naturalidade temas como bissexualidade, tanto entre os personagens adolescentes como entre os adultos.
Assim como a representatividade de minorias, colocada em discussão por meio da trama dos vice-presidentes das campanhas: um verdadeiro vale-tudo.
Uma fala de Georgina Hobert (Gwyneth Paltrow) para os filhos gêmeos e preconceituosos também dá o tom de “The Politician”: “O mundo está cansado de homens brancos e ricos que se acham”. Assim como a série.
Elenco
Quem brilha em “The Politician” é Ben Platt. Estreante na TV, o ator cativa o público e consegue transitar em emoções diferentes de maneira convincente, sem contar que emociona nas cenas em que solta a voz. Radicado na Broadway, Platt tem prêmios Emmy, Grammy e Tony por sua atuação no musical “Dear Evan Hansen”.
No elenco adulto, a série também conta dois nomes de peso: Gwyneth Paltrow e Jessica Lange – esta última, uma grande parceira de Ryan Murphy na antologia “American Horror Story”.
As participações especiais de Martina Navratilova, Bob Balaban, January Jones e Dylan McDermott também merecem destaque.
História arrastada
O único porém de “The Politician” é que a série se torna arrastada em alguns momentos. Para quem ama maratonar as novidades da Netflix, entraves podem tornar a missão mais difícil, principalmente nos episódios 3 e 4.
Passada a eleição, no entanto, a história ganha novos contornos com viradas surpreendentes e termina com gancho para ver a continuação.
A primeira temporada de “The Politician” já está disponível na Netflix.
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